Dados do Trabalho
Título
SINDROME DE VOGT-KOYANAGI-HARADA: RELATO DE CASO
Fundamentação/Introdução
A síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (SVKH) é uma doença inflamatória, multissistêmica, rara e autoimune (gene HLA-DRB10405) contra proteínas da membrana dos melanócitos, responsáveis pela produção de melanina. Afetando, portanto, estruturas pigmentares. Clinicamente, apresenta-se em quatro estádios (prodrômico, uveítico, crônico e recorrente) e se caracteriza por uveíte posterior bilateral, hipoacusia neurossensorial bilateral, meningismo e alterações de pele. O diagnóstico é clínico, embasado pelos critérios do I "Workshop" Internacional da SVKH e complementados por achados na retinografia, ultrassonografia ocular e angiografia ocular fluoresceínica. A síndrome pode ser classificada em completa, incompleta ou provável. O tratamento baseia-se principalmente na corticoterapia precoce e agressiva. As principais complicações são as oculares, como catarata, glaucoma, membrana neovascular subretiniana e fibrose subretiniana.
Objetivos
Relatar um caso de Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada.
Delineamento e Métodos
Os dados foram obtidos da análise de prontuário, discussão com a equipe médica, estudo de exames diagnósticos do paciente e revisão literária.
Resultados
Mulher, 21 anos, com antecedentes pessoais de diabetes melitus e hipertensão arterial sistêmica, veio a consulta por queixa de baixa acuidade visual súbita em ambos os olhos e metamorfopsia em olho direito, com inicio há 7 dias. Acuidade visual (AV) com movimentos de mãos em olho direito (OD) e 20/100 em olho esquerdo (OE). A biomicroscopia, reação de câmara anterior 1+/4+ em ambos os olhos (AO). A retinografia evidenciou máculas com descolamento seroso, nervos ópticos hiperemiados e retinas com áreas de descolamento seroso em polo posterior e periferia. Na angiografia ocular com fluoresceínica, notou-se múltiplos pontos de hiperfluoresceína ao nível do epitélio pigmentar da retina, os quais aumentavam de intensidade ao decorrer do exame. Para excluir outros diagnóstico, TC de crânio e liquor sem alterações. Como tratamento, institui-se pulsoterpia (metilprednisolona 1000mg) com significativa melhora das lesões e da AV (OD 20/50 e OE 20/80).
Conclusões/Considerações Finais
Na Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, o prognóstico depende do rápido diagnóstico e do tratamento precoce. No presente caso, devido a sinergia entre esses fatores, houve melhora da AV.
Palavras-chave
Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada; uveíte; hipoacusia neurossensorial; meningismo; síndrome uveomeningoencefálica
Área
RETINA
Categoria
E-POSTER
Autores
VITORIA MARCELA BORDIN DA SILVA MAFRA, Bruna De Souza Brito, Laércio Rafael Silva Paltanin, Nicole Rommel Nunes, Marcelo Abilio Calça