Dados do Trabalho
Título
OFTALMOPLEGIA INTERNUCLEAR SECUNDARIA A MIGRANEA: RELATO DE CASO
Fundamentação/Introdução
A oftalmoplegia internuclear é uma doença do movimento ocular que acomete o fascículo longitudinal medial, interneurônio entre os núcleos dos nervos oculomotor e abducente. Há uma incapacidade em realizar o olhar lateral conjugado. Dentre as causas, as principais nos adultos são as traumáticas, neoplásicas e vasculares, menos frequentemente ocorre após quadros de cefaléia.
Objetivos
O objetivo deste relato é expor a importância de um bom exame físico no paciente estrábico e também a possibilidade de oftalmoplegia internuclear após ocorrência de quadro enxaquecoso.
Delineamento e Métodos
Paciente feminina, 32 anos, previamente hígida, apresentou-se ao serviço de Neuroftalmologia, após encaminhamento pela neurologia, devido a quadro de diplopia e cefaléia há 5 anos.
Início do quadro uma semana após episódio de cefaléia intensa, associado a náusea e vômitos, a qual se tornou crônica. Nega alterações focais ou perda de sensibilidade e força. Ao exame físico apresenta apresenta acuidade visual 20/20 em ambos os olhos, diplopia mais perceptível para perto e motricidade da musculatura extrínseca alterada com presença de paralisia de músculo reto medial (exotropia em olho esquerdo).
Com base na anamnese e no exame físico, foi feito o diagnóstico de oftalmoplegia internuclear secundária à migrânea. Paciente permanece vinculada ao serviço com avaliações periódicas da acuidade visual e motricidade ocular.
Resultados
Resultados conforme fotografia a ser anexada no E-poster
Conclusões/Considerações Finais
O diagnóstico clínico possui sinais característicos: deficiência na adução ipsilateral com uma dissociação contralateral da abdução, podendo apresentar nistagmo. Paciente pode relatar desde tontura ao olhar lateral até diplopia, principalmente para perto. O principal diagnóstico diferencial é a migrânea oftalmoplégica.
O tratamento e o prognóstico dependem da etiologia. O paciente pode retomar a visão binocular ou a acuidade visual após meses. Porém, cerca de 50% podem persistir com o estrabismo após 12 meses.
Palavras-chave
Oftalmoplegia internuclear, migrânea, estrabismo
Área
NEUROFTALMOLOGIA
Categoria
E-POSTER
Autores
GERMANO RAMOS BOFF, MARIO Teruo SATO, Leonardo Luiz Girardi, Anna Carolina Badotti Linhares, Joao Adilson P Bier