Dados do Trabalho

Título

METASTASE DE COROIDE EM PACIENTE COM HISTORIA PREGRESSA DE CARCINOMA DUCTAL DE MAMA: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

Relatar um caso de lesão metastática em coroide, secundária à carcinoma ductal de mama, descrevendo os achados oftalmológicos
encontrados e a terapêutica multidisciplinar empregada

Objetivos

Elucidar um caso de metástase de coroide

Delineamento e Métodos

Relato de caso

Resultados

Paciente feminino, 73 anos, procedente de Curitiba (PR), admitida no setor de oftalmologia com quadro de baixa acuidade visual (BAV) em olho esquerdo (OE) iniciada há 2 meses, progressiva e sem sinais de flutuação. História pregressa de carcinoma mamário ductal subtipo luminal A bilateral em 2014. Realizado mastectomia bilateral, radioterapia local e quimioterapia, tendo remissão da doença em 2019, mantendo seguimento semestral na oncologia clinica desde então. Na consulta de admissão apresentou acuidade visual (AV) corrigida de 20/30P em olho direito e Movimento de Mãos em OE. O exame de segmento anterior sem anormalidade. Com isso, a paciente foi submetida a um mapeamento de retina, que mostrou uma massa esbranquiçada subretiniana, em aspecto de “leopardo” temporal inferior, áreas de exsudação e descolamento seroso de retina na região lesionada. Após os achados, foram solicitados angiofluoresceinografia (AF), OCT macular e ultrassonografia (USG) de OE, além de encaminhamento com urgência para a oncologia. Retornou com os exames, os quais corroboraram o diagnóstico, sendo evidenciado descolamento seroso da retina e áreas de hiperreflectividade entre o EPR e a retina neurossensorial a OCT. A USG do olho esquerdo observou-se lesão sobre-elevada de parede irregular e mal delimitada com reflectividade interna média/alta, apresentando 12,8mmx13,93mmx3,02mm, de provável origem metastática. Apresentou também carta do médico oncologista, confirmando presença de metástases em pulmões, fígado, quadril e linfonodos cervicais. Após os achados foi reintroduzido novo ciclo quimioterápico com capecitabina e zometa pela oncologia clínica. Retornou 1 mês após, relatando melhora da AV e sem efeitos adversos à quimioterapia. Apresentava AV de Conta Dedos à 6 metros em OE. Devido resposta positiva, manteve-se ciclos quimioterápicos empregados bem como seguimento mensal nos ambulatórios de oncologia e oftalmologia.

Conclusões/Considerações Finais

O carcinoma de mama é o tumor responsável pela maior parte das metástases oculares em mulheres, sendo a úvea o sítio mais comum. Nesses pacientes, o rastreio oftalmológico de rotina é fundamental para detecção precoce de lesões, assim como acompanhamento conjunto com a oncologia para manejo multidisciplinar

Palavras-chave

coróide, oncologia, metástase