Dados do Trabalho
Título
ASTROCITOMA DE RETINA: UM RELATO DE CASO
Fundamentação/Introdução
A retina é uma estrutura complexa formada por neurônios e células gliais, entre elas os astrócitos. Os astrócitos são extremamente reativos a qualquer estímulo anormal e sua proliferação tumoral é observada no astrocitoma (ASENSIO-SÁNCHEZ, 2023). O astrocitoma ou hamartoma astrocítico é um tipo de neoplasia benigna que pode ser idiopático ou secundário à esclerose tuberosa e a neurofibromatose.
Objetivos
Relatar um caso de astrocitoma.
Delineamento e Métodos
Os dados foram obtidos da análise de prontuário, discussão com a equipe médica, estudo de exames diagnósticos do paciente e revisão literária.
Resultados
Homem, 52 anos, sem antecedentes familiares ou pessoais de interesse, atendido no Hospital de Olhos de Cascavel, com queixa de baixa acuidade visual progressiva em olho esquerdo (OE), há 6 anos. Refração, 20/20 em olho direito (OD) e 20/100 OE . A biomicroscopia, OD sem alterações, em OE pterígio nasal grau I e nubécula paracentral temporal. Mapeamento de Retina (MR) evidenciou Nervo óptico de bordos nítidos e escavação fisiológica, máculas preservadas AO, todavia adicionalmente em OE presença de massa nodular com bordos precisos, esbranquiçada, discretamente translúcida em região peripapilar superior (1 diâmetro papilar) com discreta esclerose dos vasos adjacentes (temporal superior) e discreta rarefação do EPR ao redor da lesão, levantando hipótese de Hamartoma astrocítico da retina. Ao exame de angiofluoresceinografia, OE apresentou discreta hiperfluorescência precoce com impregnação do contraste na fase tardia do angiograma, demonstrado nas imagens seguintes, juntamente com retinografia. Assim, continuada investigação com ultrassonografia ocular, identificou-se OE retina colada, coróide de espessura usual, cavidade vítrea preservada com ecos de baixa refletividade, acompanhado de floaters. Membranas vítreas em grande quantidade, descolamento de vítreo posterior e presença de massa nodular circunscrita com refletividade discal superficial discretamente aumentada, sem sombra acústica, compatível com tumor descrito ao MR.
Conclusões/Considerações Finais
O astrocitoma retiniano possui um quadro clínico que pode proceder de forma assintomática ou levar a perda progressiva da visão, além de possíveis associações com outras comorbidades (PUSATERI, 2014). No presente caso, foi solicitado exame de ressonância nuclear magnética de crânio e encaminhou-se para avaliação conjunta do serviço de neurocirurgia, para descartar associação de Glioma de nervo óptico e com Esclerose Tuberosa ou Neurofibromatose Tipo I.
Palavras-chave
Astrocitoma de retina; neoplasia benigna; retinopatia
Área
RETINA
Categoria
E-POSTER
Autores
LETICIA ELEN CARPENEDO FRARE, BRUNA DE SOUZA BRITO, AMANDA SARMENTO CORREA, TUBERTINO MONTEIRO DE GODOI NETO, MARCELO ABILIO CALÇA